Se pensarmos bem, a escravidão não foi completamente abolida, apenas mudou de características. A despeito de trabalhadores em condições análogas às de escravo, ou até mesmo trabalho comprovadamente escravo, fatos ainda constatados atualmente, quero focar na escravidão tecnológica.
Particularmente, sou amante da tecnologia e das maravilhas por ela proporcionadas. São realmente infinitas as possibilidades de conhecimento, comunicação, rapidez, comodidade... Poderíamos ficar horas e horas enumerando seus benefícios. Porém, como tudo na vida, quando o equilíbrio é rompido, o que é benéfico pode tornar-se um veneno.
Nos aeroportos, bares, shoppings, festas... É impressionante o número de pessoas presas em seu "mundinho virtual", sem olhar para os lados, para a vida e, o que é pior, muitas vezes ignorando a companhia de quem está tão próximo fisicamente.
Realmente, o mundo cabe no celular, mas não precisamos exagerar, né? Temos que tomar cuidado para não partirmos para uma tremenda falta de educação com quem está em nossa presença, além de deixar oportunidades ótimas de convívio e crescimento passarem.
Já existem estudos sobre os viciados nesse campo. Trata-se do mesmo mecanismo que compõe todo tipo de vício, ou seja, repetições que nos fazem perder a noção do que realmente é o equilíbrio de ações.
Isso sem falarmos no tempo perdido, no qual poderíamos fazer uma atividade física, interagir, ter lazer ao ar livre etc.
Saber utilizar a tecnologia a nosso favor, sem prejuízo ao nosso bem-estar e sociabilidade, é sabedoria, respeito, educação e qualidade de vida.
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