Apreciar um bom café é uma arte prazerosa!
Assim
como tudo na vida, quando consumido em excesso é lógico que o café não
fará bem. Mas já é comprovado que tomar um pouco de café diariamente
pode ser bom para a saúde.
Tudo bem até aí, o problema é que, geralmente, as pessoas não sabem apreciar a arte de tomar café.
Por
exemplo: aquele café que é feito e colocado numa garrafa, lá ficando o
dia inteiro, deixa de ser um bom café. Para completar, muitos ainda colocam uma quantidade generosa de açúcar ou adoçante e criam o vício de a toda hora tomar um cafezinho. Pior
ainda: café quente em copinho de plástico, que libera BPA (Bisfenol A),
uma substância cancerígena.
Vez ou outra? Não! Uma rotina diária, o dia inteiro.
Perceba como esse tipo de café realmente não fará bem!!!
Em
minha opinião, nada melhor do que saborear um café numa
xícara, feito na hora, com prazer.Particularmente, tomo café sem açúcar ou adoçante, para realmente sentir o
sabor, o aroma, o
aftertaste, a acidez do produto...
Além disso, curtir o
momento, a companhia (mesmo que seja somente a própria companhia), a pausa para um
descanso...
Tomar um cafezinho "de verdade" pode ser um grande momento de prazer, de desestresse, de restauração.
E Qualidade é melhor do que Quantidade!
Assim como no caso do vinho, o café tem seus segredos, seus estudiosos e seus amantes, rol este do qual faço parte.
A seguir, algumas palavrinhas sobre o café, com fonte de um dos melhores cafés que conheço, o Santo Grão:
- Há dois tipos de café:
Coffea Arabica e
Coffea Canephora,
conhecidos como Arábica e Robusta. O Robusta vem da planta mais forte, é
produzido em maior quantidade e cultivado em regiões mais baixas. Os
melhores cafés, chamados de cafés "gourmet", são do tipo Arábica e têm
um sabor mais claro, doçura natural e atributos positivos, que se
referem às seguintes categorias:
- Corpo: intensidade e persistência do sabor por toda a boca;
-
Aroma: vem dos atributos do grão de café em si, podendo ser floral,
cítrico, frutado ou caramelado. A acidez intensifica a percepção do
aroma e é a combinação dos aromas com a experiência da degustação que dá
ao café o seu sabor;
- Aftertaste: é a persistência do sabor na
boca a pós a experiência da degustação. Bons cafés são licorosos, sem
adstringência ou amargor desagradável;
- Acidez: sensação obtida
nos lados da língua. Acidez fresca, cítrica e de maçã verde são
atributos desejáveis que trazem vida ao café. É indesejado percebermos
sabor azedo, o que é geralmente atribuído a defeitos do grão ou à
colheita de café que não estava maduro;
- Doçura: percebida na
ponta da língua, vem de grãos propriamente maduros e da caramelização no
processo da torra. Bons cafés são doces e trazem notas de
cana-de-açúcar, mel, caramelo e chocolate, podendo ser bebidos
facilmente sem a adição de açúcar.
- Amargor: sensação obtida no
meio da língua e na garganta, que deve ser balanceada com a doçura e com
a acidez. amargor forte, agressivo à garganta, vem de café inferior, da
torra que passou do ponto correto ou da extração excessiva.
Infelizmente, o café comum, mais barato e vendido em larga escala, não
passa de uma grande mistura que, na verdade, contém pouco café de fato
em sua composição.
Mas... Mesmo não tendo acesso a um
café gourmet, que tal mudar o conceito sobre o bom e velho cafezinho e
transformá-lo num grande momento de degustação, prazer e satisfação pessoal?