Adoçante não faz bem!

Hoje em dia, os adoçantes são encontrados em vários alimentos processados, vendidos como produtos saudáveis do tipo “zero caloria”, que ajudam a emagrecer ou manter a forma. Mas estudos sérios têm demonstrado que os adoçantes artificiais tendem a elevar o ganho de peso. Na verdade, basta observar a quantidade de pessoas com sobrepeso, doenças e baixa qualidade de vida, e associar essas evidências do dia a dia aos hábitos alimentares e demais hábitos de estilo de vida da maioria esmagadora da população.

O problema, segundo pesquisadores, é que o ácido aspártico e a fenilalanina, aminoácidos responsáveis por cerca de 90% da composição do aspartame (utilizado como adoçante), são estimulantes da liberação rápida de insulina e leptina, hormônios estes que estão diretamente envolvidos na sensação de saciedade, no armazenamento de gordura e na regulação do metabolismo.
Dessa forma, embora os adeptos dos adoçantes não estejam ingerindo calorias em forma de açúcar, estão sob o risco de ter seus níveis de insulina e leptina aumentados. Não custa lembrar também que níveis elevados de insulina e leptina são atores principais quando se fala em diabetes. Aliás, você já reparou que o número de portadores de diabetes tem aumentado a cada dia?

Sempre que o organismo é exposto em excesso a uma substância, pode vir a desenvolver resistência a ela. Sendo muito exposto à insulina, pode desenvolver resistência à insulina e, com isso, o equilíbrio perfeito do corpo fica prejudicado. A fome continua, o paladar é alterado, o corpo armazena mais gordura (inclusive a visceral), e aí começam a surgir as doenças.

Agora fica mais fácil entender por que a maioria das pessoas utiliza adoçantes artificiais para perder peso, mas os objetivos não são alcançados com essas dietas padronizadas e influenciadas por interesses comerciais.

Pense bem: se toda essa indústria do emagrecimento funcionasse, a obesidade não estaria se transformando em epidemia, não haveria tantas pessoas fazendo cirurgias ou aderindo a dietas milagrosas.

Também há evidências de que altas doses de fenilalanina podem baixar os níveis de neurotransmissores como a serotonina, a qual tem influência direta na saciedade,  depressão, ansiedade, pânico etc. Como  sempre falo, em se tratando de saúde e bem-estar, tudo está interligado, não é possível dissociar fatores.

Um dos produtos com adoçantes artificiais mais consumidos são os refrigerantes. Pense bem antes de tomar refrigerantes light, diet, zero... Na verdade, o melhor é não tomar refrigerantes. Além dos adoçantes, há muitas outras substâncias químicas neles. E, de quebra, podem prejudicar ao invés de ajudar na dieta de emagrecimento.

Outra evidência: adoçantes artificiais, por serem doces, podem aumentar a compulsão por doces. Por experiência, falo que a melhor forma de educar o paladar ao doce é ficar somente com o doce natural das frutas (principalmente as orgânicas) e o mel puro. Com o tempo, você perceberá que tudo o que está à sua volta é, na verdade, muito doce e você já não sentirá vontade dessas guloseimas, justamente porque são totalmente artificiais e não têm o verdadeiro sabor de um alimento de verdade. Não se trata de nunca comer um doce “tradicional”, afinal os radicalismos também não são bem-vindos. Mas o que se vê atualmente é que as pessoas vivem num “mar de açúcar” e já nem se dão conta da quantidade abusiva de açúcar refinado que ingerem.

Também há estudos demonstrando correlação entre parto prematuro e ingestão de aspartame, principalmente em gestantes que consomem muito refrigerante com esses adoçantes artificiais. E ainda há muita polêmica na relação aspartame x câncer, muito embora a simples cogitação dessa hipótese seja veementemente negada por “especialistas”. Eu não duvido nem um pouco dessa possibilidade.

É legal tomar conhecimento de estudos sérios sobre os assuntos, mas não é fundamental conhecer isso para ter saúde. Adotando a alimentação natural de verdade, com alimentos frescos, sem ingredientes químicos e processamentos, você já estará praticando saúde e não precisará ficar preocupado em entender todo o mecanismo do organismo ou ficar antenado a todas as descobertas milagrosas que nos são apresentadas quase todos os dias.